Vivência Itatiaia

Minha história começa ainda pequeno na cidade serrana de Teresópolis/RJ;

Tendo como fundo de quintal o Parque Nacional da Serra dos Orgãos, comecei desde cedo a trilhar pelos seus labirintos, penhascos, corredeiras e piscinas naturais.

Um dia, ainda pequeno, olhei para o alto de uma montanha e disse para mim mesmo:
“Um dia estarei lá!” E assim foi! Ainda jovem, depois de alguns anos treinando em cumes tecnicamente mais fáceis, finalmente escalei o Dedo de Deus, pedra símbolo do montanhismo brasileiro e considerado por muito tempo uma montanha “inescalável”, devido a sua extrema verticalidade.

De lá para frente só aumentaram as altitudes na mesma proporção que caiam as temperaturas.

Começaram as primeiras experiências em nevados, vulcões até chegar ao Teto das Américas, o Monte Aconcágua, o Gigante da Américas com os seus imponentes sete mil metros.

Por várias vezes escaladas em solitário, uma modalidade árdua mais igualmente profunda em imersão espiritual e contato profundo com a natureza.

Outras vezes trilhando por regiões inexploradas ou pouco conhecidas.

Paralela a experiência com a alturas vieram também a vivência em cavernas e desertos, criando lações de confiança e amizade com caboclos, mateiros, caiçaras e índios, que me ensinaram coisas e percepções de vida que na universidade eu jamais alcançaria.

Foram eles os meus maiores e verdadeiros mestres.

Subir o Monte Hermon no extremo norte da Galiléia/ Israel e depois cruzar todo o Deserto de Neguev em direção ao sul, cruzando as minas do Rei Salomão e chegando a Yericoh (Jericó), onde se deu início o ingresso do povo hebreu a Canaã foi um doutorado in loco, vivido e sentido, trilhando os caminhos de Cristo em busca da compreensão das lições deixadas por esse grande mestre.

Ruinas antigas serviam de abrigo e também de templos de reflexão.

Desde aí o próximo trecho foi cruzar o deserto do Sinai, o Mar Vermelho e o Rio Nilo até chegar a Grande Pirâmide para finalmente ingressar em seu interior.

E assim cruzando da Ásia para a África veio mais um grande aprendizado que me permitiu conhecer um pouco da história oficial, mas principalmente da história não oficial.

O contato mais estreito com o Tzahal (Exército de Israel) durante um trabalho realizado por lá, me levou a sítios e histórias não contadas nos livros de história e também à minha paixão pelo krav maga
Como geógrafo e realizando pesquisas com imagens de satélites, varrendo latitudes e longitudes cheguei a outros tantos paradeiros que se revelaram partes importantes de um imenso quebra-cabeça da história da humanidade terrestre.

No Brasil, as serras da Mantiqueira e do Mar, em especial a Serra dos Orgãos, a Serra do Roncador e as Chapadas dos Guimarães e Diamantina se revelaram locais com uma imensa coletânea de fatos ufológicos e histórias não tão ocultas de civilizações intraterrenas.

Hoje, após décadas de pesquisas, caminhadas e escaladas e depois de gastar dezenas de solas Vibram sobre a rocha dura e fria, o que me diferencia das demais pessoas e apenas o fato de ter apenas alguns quilômetros a mais de trilhas e nada mais.

As montanhas, em sua tremenda imensidão e longevidade extrema, tem o singular poder de nos achatar e nos colocar em nosso devidos lugares.

Elas nos fazem lembrar que Somos todos filhos da mesma Fonte.

E é para lá que devemos retornar!!!

Claudio Nagy: brasileiro, geógrafo e montanhista mas sobretudo falho e buscador!